terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

AULA INAUGURAL - PROFES -2010 - PRIMEIRA PARTE

PAUTA:

1º) Cada grupo deve escolher ou o texto para leitura, ou o vídeo 1 ou vídeo 2 para ser assistido;

2º) Cada grupo, então, fará a exposição coletiva do material do qual tomou conhecimento;

3º) Cada professor deixará suas ideias e conclusões registradas no blog e responderá para isso as questões de apoio, identificando-se;

4º) Exploração de material para planejaner aulas com o apoio do LIE (link e jogos).



23/02/2010 | N° 10669 - JORNAL PIONEIRO

VOLTA ÀS AULAS - 2010

Desafios para a escola atual

Se um estudante do século 19 voltasse às aulas ontem, como boa parte dos alunos gaúchos, ele provavelmente se espantaria com o comportamento dos colegas e com a parafernália eletrônica que eles carregam na mochila, mas reconheceria de longe a sala de aula: o quadro negro, as fileiras de classes e a figura do professor à frente da turma lhe pareceriam muito familiares. Enquanto a geração do século 21 nasce plugada e desafia os modelos tradicionais de educação, com inéditas formas de pensar e de aprender, a escola que se propõe a ensiná-los pouco se modernizou nesses dois séculos.

Diante do choque inevitável entre alunos digitais e um modelo de ensino analógico, especialistas alertam para um momento de ruptura: se quiserem continuar cumprindo seu papel e sendo úteis à sociedade, as instituições de ensino precisam urgentemente se reformular. E para isso, não adianta apenas investir em laboratórios de informática. É necessário repensar desde a maneira de se relacionar com a geração Y, dos nascidos a partir de 1980, até a geografia da sala e geometria das disciplinas.

leticia.duarte@zerohora.com.br

LETÍCIA DUARTE





ASPECTOS DA ESCOLA

Organização fabril

O professor de história Marcio Tascheto, consultor da Unesco no Ministério da Educação, lembra que o modelo de escola que temos hoje foi universalizado a partir da Revolução Industrial, inspirado na fábrica: uma organização enfileirada, com uma perspectiva de tempo mecânico e hierarquização de saberes.
– A escola é hoje o ponto de inflexão da confusão atual, se torna anacrônica. Mesmo que tenha melhorado muito a qualidade das relações dentro da escola, seu núcleo duro se mantém inalterado – analisa.

Ordem e domínio

Não é coincidência que, desde o século 19, o quadro-negro se mantém à frente dos alunos distribuídos em fileiras. Por trás dessa organização estática, estaria uma concepção de educação associada à imposição da autoridade, da ordem e da disciplina. Colocado à frente da turma, o mestre poderia melhor exercer o domínio.

Hierarquia vertical

Até por volta da década de 1960, todas as salas tinham um estrado, estrutura elevada que colocava o professor em superioridade em relação aos seus alunos. Hoje o estrado se foi, mas muitos professores ainda mantém essa postura autoritária, de detentores do saber. Com a diversificação das fontes de informação, cada vez mais esse modelo entra em crise, pois a informação circula em rede, e o conhecimento trazido pelos alunos não pode ser desprezado.

Proibir para controlar

Assim como hoje as escolas proíbem o celular, o escritor Hamílton Werneck recorda que, quando ele estudava, na década de 50, a caneta esferográfica era proibida:
– Só deixavam usar a caneta tinteiro, porque com a esferográfica a letra não ficava pesada, perdia a delicadeza. Depois, tentaram proibir a calculadora, até que não conseguiram mais segurar. Agora, querem proibir o celular. Mas chega uma época em que não se pode mais controlar, é preciso aprender a lidar.


Sala de aula criativa

Para quem navega no espaço virtual, com recursos 3D, qual é a graça de passar a tarde em uma sala com paredes cinzas? Para estimular a interação e a criatividade, especialistas imaginam uma sala de aula diferente: com recursos como formas arredondadas, tatame para atividades no chão até computadores de última geração. O espaço também deve aguçar os sentidos: classes coloridas, chão ou paredes revestidas que permitem ser riscados, jardins, biblioteca, além da lousa branca digital. Lugares como o cinema, o museu e o teatro também são espaços de aprendizado.
– É preciso alargar as paredes da sala de aula – define a professora Helena Sporleder Côrtes, da faculdade de educação da PUCRS.

Estímulos variados

Para que essa geração aprenda, ela precisa se sentir estimulada e envolvida. Promover dinâmicas, lançar desafios para que os alunos resolvam e trabalhar com recursos audiovisuais são estratégias recomendadas. Em vez de brigar contra a tecnologia, é melhor usá-la como aliada: o professor pode incentivar a criação de blogs da turma, convidar os alunos a escrever livros para serem postados na internet, propor vídeos e explorar os recursos da fotografia. Atitudes simples, como trocar o sinal estridente que marca o início das aulas na escola por uma música agradável, podem ajudar a criar um clima mais agradável.

Relações horizontais

Em vez de transmissor de conteúdos, o professor se torna um mediador – e não deve ter vergonha de aprender com os alunos. Para que o professor possa orientá-los, também precisa estar antenado, sabendo manejar as novas tecnologias, e ser capaz de ouvir os alunos. Ao mesmo tempo, a escola deve se abrir para a comunidade. Se no bairro tem um grupo de teatro ou hip hop, por exemplo, porque não convidá-los para dar oficinas? Os pais também devem ser convidados a participar do dia-a-dia e podem ajudar em eventos especiais.

Incentivar e lapidar talentos

Cada vez mais, é preciso prestar atenção aos dons individuais e estimular as crianças. A geração atual é mais ansiosa porque está exposta há um excesso de informação, sem saber direito o que escolher e o que fazer com ela. O papel do professor é ajudar os alunos a selecionar o que é mais relevante.
– Quando eu era criança, a gente só tinha quatro canais de TV. Hoje são 400. Isso gera ansiedade – diz Paulo Al-Assal, diretor-geral da Voltage, agência de pesquisa especializada em tendências.


Professores

- Seja um mediador: ajude os alunos a escolher informações e organizar conhecimento
- Atualize-se: aprenda com seus alunos, navegue na rede e aproveite o entusiasmo deles para produzir materiais em conjunto
- Tente entender como o jovem pensa: às vezes, ele contesta porque não entende o porquê da tarefa.

Pais

- Participe: acompanhe o que seu filho pesquisa na internet e procure orientá-lo
- Estabeleça horários: delimite o tempo para as lições de casa e para brincar.
- Oriente: ajude nas lições de casa, mas nunca faça por eles


Pontos positivos da Geração Y

- Inteligência: aprendem tudo ao mesmo tempo
- Bom relacionamento: toleram as diferenças
- Agilidade: são rápidos para resolver o que gostam
- Fidelidade: eles defendem seus ideais

Riscos da Geração Y

- Exílio: os alunos correm o risco de ficar alienados e exilados no mundo do computador. A escola deve ajudá-los a se socializar
- Superficialidade: a velocidade é tão grande que refletem pouco. O professor deve ajudá-los
- Inquietação permanente: em busca de novos estímulos, podem deixar tarefas incompletas
- Dispersão: em meio a tantos links e possibilidades, os alunos podem se perder
- Inconsequência: acham que podem ultrapassar os limites, porque podem reiniciar a qualquer momento, se caso algo der errado.


COLEGA!
ENTRE COM SEU E-MAIL PARA RESPONDER AO QUESTIONAMENTO ABAIXO (não esqueça de se identificar!):

1) Lido o texto acima, o que podemos tomar como ponto de partida para nosso trabalho contemplar a nova realidade que vivemos na escola?

2) E como podemos nos organizar para isso?















TRABALHO DE EXPLORAÇÃO E MOTIVAÇÃO (O que quero trabalhar com a Informática):

Acesse: http://sugestoes-iva.blogspot.com/